A moda também está preocupada com os refugiados

Fotografias D. R.

A estilista da marca UMA Brasil, Raquel Davidowicz, criou uma coleção inspirada nos refugiados que fizeram história no Brasil e apresentou-a no segundo dia do São Paulo Fashion Week. O palco para o desfile das suas criações foi o Museu da Imigração, que no século XIX serviu de hotel para muitos imigrantes.

No Brasil, as questões socioculturais estão na ordem do dia para as marcas de moda que se querem destacar. «A moda tem um reflexo político e cultural muito forte. Através da moda podemos refletir sobre muitos conceitos, tal como aconteceu nos anos 70», afirma Margarida Brito Paes – editora de moda do site delas.pt.

Com base no conforto, no utilitarismo e na proteção, a estilista apresentou a coleção de inverno 2018 com muitas malhas, casacos, saias compridas e botas, onde o preto e o branco foram as cores predominantes. Os detalhes dos bolsos, as assimetrias e as sobreposições dos acessórios, aumentam os looks e relembram o estilo nómada.

Raquel Davidowicz optou por diversificar a passerelle, ao escolher modelos orientais para representar as suas criações. O desfile contou com a presença de uma convidada especial: Emma Ferrer, embaixadora da ONU que trabalha em defesa dos refugiados.