
Esta semana temos connosco, nas entrevistas que nunca fiz, Jair Messias Bolsonaro, o vencedor mais que esperado das eleições presidenciais brasileiras.
Mais que esperado não é bem assim, né? Havia muita canalhada do PT a dizer que iam dar à volta.
Já esperada por mim. Eu sou sportinguista. Assim que vi um imbecil, militar e com problemas de fala, vi logo que as eleições do SCP iam fazer escola.
Não admito que me chame imbecil! Vou botar fogo em você.
Calma, na verdade, estou extremamente agradecido. Depois de Trump temos Bolsonaro, vocês só facilitam a vida a quem escreve humor e não vive nesses países. Mas só espero que estas tenham sido as últimas eleições no Brasil, isto foi uma canseira. Uma coisa é certa – ao menos o senhor foi eleito, o mesmo não se pode dizer do Temer.
Fui eleito e com 55% dos votos! Graças a Deus! Finalmente temos Deus no comando!
Isso de Deus no comando, sinceramente, acho chocante. Odeio essa mistura entre política e religião. Como português, vou a Fátima de joelhos se pararem com isso.
A verdade é que em Lisboa eu fui o mais votado.

É verdade. E, segundo sei, houve festa no antigo cinema Império. Esta semana aposto que vão “adotar” quarenta crianças…
E fique sabendo que o seu presidente me enviou uma mensagem de parabéns.
Agora só falta a selfie e o beijinho.
Eu não beijo homem!
Podia ser um beijo técnico, como o seu apoiante Frota. Mas eu sei que o senhor é homofóbico. Aliás, o senhor declarou numa entrevista que se uma pessoa tiver um filho e começar a ver que ele em criança começa a dar sinais de ser homossexual os pais deviam chicoteá-lo.
Eu não disse chicoteá-lo. Isso é fake news. O que eu afirmei é que lhe deviam dar com uma chibata.
Exato. Mas aí havia o perigo de o miúdo deixar de ser homossexual e passar a ser sadomasoquista. Uma coisa que me fez confusão foi quando o senhor pediu a inelegibilidade de Haddad por causa do concerto de Roger Waters.
Sim, mas esse miserável fez tournée de apoio ao Haddad.
Percebo, mas acho que o Haddad podia alegar o mesmo pelo apoio do Roberto Leal à sua candidatura. Outra coisa que me assusta é como vai ser o Carnaval no próximo ano. Vamos ter toda a gente no sambódromo a desfilar de gabardina?
Não exageremos, né? No próximo Carnaval, no Brasil, podem desfilar com pouca roupa, desde que a sunga tenha padrão de camuflado.