Não é só o Facebook. Grindr também partilha dados de utilizadores

Texto de Alexandra Pedro | Fotografia Shutterstock

O Grindr, conhecida aplicação para gays, está a ser acusada de ter partilhado com outras empresas informações sobre os seus utilizadores, nomeadamente o status sobre o HIV, localização, e-mail, morada, entre outros.

A partilha de informação da rede social foi denunciada pelos sites Buzzfeed e Techrunch.

Há nove anos em funcionamento, o Grindr tem mais de 3,5 milhões de utilizadores ativos e classifica-se como «a maior rede mundial de encontros para homens gays». Além disso, foi, de acordo com o El País, uma das primeiras app a ter a localização em smartphones.

«O estado do HIV está associado a toda a restante informação. Esse é o principal problema», afirma Antoine Pultier, membro da organização norueguesa SINTEF, que falou sobre o caso ao BuzzFeed.

O referido jornal espanhol explica que as informações sobre o «status de HIV» são solicitados quando os utilizadores se registam na aplicação, tal como o número de telefone, sexo, idade ou o interesse (amizade ou relacionamento).

«O estado do HIV está associado a toda a restante informação. Esse é o principal problema», afirma Antoine Pultier, membro da organização norueguesa SINTEF, que falou sobre o caso ao BuzzFeed.

Scott Chen, um dos responsáveis da aplicação, já comentou a polémica, mostrando-se preocupado com a situação. «Como uma empresa que serve a comunidade LGBT entendemos o quanto pode ser sensível a divulgação da informação sobre o HIV».

Facto é que cada vez mais as aplicações têm enfrentado problemas relacionados com os dados dos seus utilizadores, visto que podem ser facilmente hackeados.

A empresa já veio confirmar que forneceu os seus serviços mas que esta é uma prática habitual em várias aplicações. Facto é que cada vez mais as aplicações têm enfrentado problemas relacionados com os dados dos seus utilizadores, visto que podem ser facilmente hackeados.

Recorde-se que também o Facebook tem sido acusado de fornecer os dados dos utilizadores da rede social para a Cambridge Analytica. O objetivo neste caso seria reunir as preferências dos utilizadores e usá-las para manipulação de informação nas eleições norte-americanas.

Mark Zuckerberg acabou por assumir a responsabilidade do caso e admitiu ainda estar a investigar o que se passou.

Recorde aqui o artigo da Notícias Magazine com dicas que lhe mostram como pode proteger os seus dados no Facebook.