Marisa Matias: “Continuo a fascinar-me e a aprender com pessoas todos os dias”

Foto de Filipa Bernardo/ Global Imagens

Vejo bem… 1. Isto de falar de qualidades é coisa de que não gosto muito, mas também não gosto de falsas modéstias. 2. Gostar de pessoas. Continuo a fascinar-me e a aprender com pessoas todos os dias. Nos dias que correm talvez seja uma qualidade. 3. A transparência, o que sinto e como sinto, o que digo e como digo. Vê-se nos olhos e nas expressões, nos tiques e até na voz. 4. Não tenho paciência para jogos e a vida é para ser vivida com verdade e lealdade. 5. Não guardo rancores, não acrescentam nada, trazem amarguras, e todos os sorrisos possíveis devem ser vividos. Alguma força e coragem também. E viver a liberdade.

Vejo mal…
1. Todas as qualidades são também defeitos vistos ao espelho. 2. Gostar de pessoas implica conhecer bem a linha ténue que não ultrapassa o excesso. A transparência pode levar a equívocos. 3. O não guardar rancores pode confundir-se com falta de crivo pessoal. 4. A força e a coragem exigem sempre ser vigiadas pela insegurança e pelo saber quando é para abrandar. Não se podem confundir com autossuficiência, isso não existe, nada se faz sozinha.

Eurodeputada do BE, socióloga
42 anos