A luta de Obama chega a Portugal

“Negar que o aquecimento global existe é trair as próximas gerações”. A frase, proferida, em janeiro de 2017, no último discurso de Barack Obama enquanto presidente dos EUA, viria a marcar irremediavelmente a sua luta deste que abandonou a Casa Branca. A palavra do primeiro afro-americano a conduzir os destinos da América tem corrido o mundo, com alertas severos em relação ao que se está a fazer ao planeta.

Este é, aliás, o pretexto que o traz, esta sexta-feira, ao Climate Change Leadership Porto Summit 2018, no Coliseu. Obama é o orador principal de uma conferência destinada apenas a convidados (são cerca de três mil). Mas não vai ser fácil vê-lo a deambular pelas ruas da cidade. A segurança é apertadíssima, não haverá imagens e mesmo quem estiver a pensar deslocar-se ao coliseu dificilmente conseguirá ver Barack Obama, ainda que por breves instantes.

Mas não é a primeira vez que este acérrimo defensor dos cuidados de saúde acessíveis à generalidade da população e do controlo do uso e porte de armas vem a Portugal. Ainda na pele de chefe de Estado, esteve em Lisboa para a Cimeira da Nato e a Cimeira UE-EUA, nos dias 19 e 20 de novembro de 2010. Nessa altura, Obama encontrou-se com Sócrates em São Bento, com Cavaco Silva em Belém e ainda com Durão Barroso, então presidente da Comissão Europeia. Momentos que pode recordar na fotogaleria.

A ligação de Obama a Portugal não se fica, todavia, por aqui. É impossível esquecer o pequeno Bo, o cão de água português que viveu na Casa Branca, como um elemento da família. Além de fazer as delícias de quem o vê, foi, inúmeras vezes, uma verdadeira estrela em fotografias e postais oficiais ao lado do dono, que, em Portugal, talvez tenha quem lhe ensine o significado da palavra “saudade”.