O homicídio esquecido da diva do Parque Mayer

Texto de Ricardo J. Rodrigues | Fotografias de Arquivo DN

Na madrugada de 31 de março de 1926 foi encontrado o cadáver de uma mulher «de invulgar beleza» na esquina da rua Francisco Foreiro com o Regueirão dos Anjos, uma rua rebaixada e escura da capital portuguesa, paralela à Avenida Almirante Reis.

A vítima apresentava, partindo do sobrolho esquerdo, um ferimento com pouca profundidade em forma de linha quebrada, que lhe descia a face. O relatório do médico legista apontava com quase certeza ter sido feito por um objeto contundente, provavelmente a coronha de uma pistola. Ou um murro.

Nos braços sucediam-se equimoses e arranhões. Tinha três contusões grandes, uma no tórax, por baixo da mama esquerda, e duas no ventre – mais algumas de média dimensão nas pernas, dando sinal de haveria sido agredida a pontapé.

Quem era aquela mulher? E o que raio lhe teria acontecido?

Usava um vestido preto, estava rasgado nas pernas e no decote. Não tinha em sua posse casaco nem mala nem joias nem ornamentos. Ao lado do corpo um sapato de salto alto. Um, apenas.

Quem era aquela mulher?

E o que raio lhe teria acontecido?

homicídio parque mayer
Maria Alves foi assassinada em 1926. Tinha 29 anos.

Ao final da manhã de dia 31 o mistério da identidade, pelo menos esse, foi resolvido. Uma mulher chamada Amélia de Castro Neves estranhou que a sua vizinha não viesse dormir a casa naquela noite. Tinha-lhe dito que o faria de certeza antes de sair de casa, na tarde anterior. E, quando na manhã seguinte correram os rumores de uma jovem assassinada nas redondezas, teve um pressentimento.

Dirigiu-se por isso à morgue do Hospital de São José, explicou as suas razões à Polícia, e pediu para ver o cadáver. Foi ela que identificou a vítima. Era Maria Alves, de 29 anos, moradora na rua de Arroios 50 e atriz de revista em grande ascensão na época. Uma diva do Parque Mayer.

A notícia voou pela capital como pólen na primavera. Nas redações dos principais jornais daquele tempo – O Século e o Diário de Notícias, o Diário de Lisboa e A Capital – destacavam-se repórteres de monta para cobrir o caso.

Reinaldo Ferreira era um mais respeitado dos jornalistas portugueses. Tinha feito a cobertura de boa parte dos acontecimentos mundiais ao serviço da imprensa estrangeira e as suas histórias misturavam realidade, ficção e opiniões extremamente críticas. Anos mais tarde passaria a assinar como Repórter X.

homicídio parque mayer
Reinaldo Ferreira, o Repórter X, previu nos primeiros dias o autor do homicídio.

Era amigo pessoal de Maria Alves, que definiria como alguém que «continha o sangue generoso e cigano das severas». Apesar de viver no Porto e trabalhar na altura para O Primeiro de Janeiro e a revista ABC, também colaborava frequentemente com O Século. E foi ali que proferiu a sua sentença.

Sem qualquer base de sustentação que não fosse a literatura, o Repórter X insinuou imediatamente quem poderia ser o autor do crime. Não avançou nomes, mas escreveu este enigma para a edição de dia 1 de abril.

«Leiam este livro», disse o Repórter X. «É o mistério de um crime em que a vítima era uma estrela. Assim saberão sobre quem caem as minhas suspeitas.»

«É tarde, não tive tempo de apurar o resto, mas existe uma suspeita no meu espírito que é tão grave, tão grave que não a revelo. Peço só uma coisa: leiam El mistério del Kursaal, de José Francés. É o mistério de um crime em que a vítima era uma estrela e, lendo esse livro, saberão sobre quem caem as minhas suspeitas.»

Francés, uma espécie de Arthur Connan Doyle espanhol, não era um autor conhecido em Portugal e por isso a charada do Repórter X permaneceria irresolúvel para a maioria dos leitores. A verdade, no entanto, é que ele acertou em cheio.

O palco era uma guerra

Maria Alves nasceu na Campanhã, Porto, em 1897, e cresceu de pequena com a convicção de que queria ser atriz. Semanas depois do homicídio, em tribunal, a sua mãe haveria de confirmar que o teatro era sonho de infância: vivia para pisar o palco e receber o aplauso do público, desde miúda que suspirava pela conquista da fama.

Debutara no teatro Carlos Alberto, no Porto, mas mudara-se para a capital em 1916 – onde encontrou posto de corista no Parque Mayer. Era, sem sombra de dúvida, um talento em ascensão.

homicídio parque mayer
Maria Alves sentada aos pés do empresário Augusto Gomes, no Alhambra, em Granada.

Esteve no corpo de coristas do Éden e do Apolo, com quem fez uma digressão ao Brasil, mas o empresário Augusto Gomes viu nela o potencial de estrela e contratou-a para a sua companhia – A Portugália – com quem viajaria por Espanha, França, Marrocos e, novamente, Brasil.

De regresso a Lisboa capitalizaria os créditos angariados fora e atuaria como cabeça de cartaz no Parque Mayer. E esse estatuto já não era apenas um sonho, era necessidade. Tinha, afinal, de criar dois filhos – Maria Augusta, de 15 anos, e Manuel, de 12.

A rapariga ficara com os avós no Porto, o rapaz interno na Casa Pia de Lisboa. Mas os seus planos, diria a mãe da atriz, era viver com suficiente conforto e poder trazê-los para junto de si.

Foi por isso que aceitou um convite para fazer a temporada do inverno de 1925/26 no Porto. Oscar Ribeiro, encenador do Teatro Águia d’Ouro prometera-lhe cinco contos, uma pequena fortuna, por três meses de atuações.

O empresário afirma ter-lhe entregue 1500 escudos, uma pequena fortuna, horas antes do crime, em plena rua e à vista de toda a gente.

Voltou a Lisboa dois dias antes do crime, preocupada por ainda não lhe ter sido paga a última tranche do contrato: 1500 escudos. É que ela queria trazer a filha do Porto para a capital, o dinheiro fazia-lhe falta.

Na noite em que foi assassinada Maria Alves queixou-se disso mesmo ao seu empresário e ele, em declarações ao Diário de Notícias, disse que decidira passar-lhe o dinheiro que faltava. Depois acertaria contas com Óscar Ribeiro.

Por volta da meia noite de 31 de março, em plena Avenida da Liberdade, entregou-lhe 1500 escudos em notas, que a atriz guardou na mala. A transação foi feita à vista de toda a gente. «Depois cada um tomou o seu carro elétrico», disse Augusto Gomes. «Foi a última vez que a vi.»

homicídio parque mayer
O funeral de Maria Alves, a 3 de abril de 1926.

O escândalo da década

A década de 1920 foi dourada para os jornais portugueses. Em Lisboa, como aliás no Porto, havia matutinos e vespertinos, que se vendiam a 30 centavos e tinham grandes tiragens. O Diário de Notícias, por exemplo, imprimia 150 mil exemplares por dia em 1926.

A morte de Maria Alves revelar-se-ia um verdadeiro campo de batalha para órgãos de comunicação social em concorrência. Durante quase um ano não há dia em que o caso não faça manchete nas primeiras páginas.

Para além dos ardinas que gritavam as novidades nas ruas, também havia placards nas principais praças das cidades onde os próprios jornalistas iam atualizando as notícias que tinham publicado nas edições impressas do dia.

O Século e O Comércio do Porto chegaram a abrir subscrições entre os leitores para pagar a quem desse informações sobre o caso. Havia uma comoção generalizada no país com a morte da diva do Parque Mayer.

As vendas dos jornais duplicaram. O DN dá conta de pessoas que roubam os jornais umas às outras para lerem sobre o caso do homicídio de Maria Alves.

Uns dias depois do homicídio o DN dá mesmo conta de uma corrida às bancas. «No Porto, em Leiria, em Santarém, apesar de se terem duplicado as remessas, vemos as pessoas arrancarem os jornais umas às outras para lerem as novidades sobre este monstruoso assassinato.»

O funeral foi concorrido. Milhares de lisboetas acorreram à morgue do hospital de São José, fazendo com que o cortejo saísse com um atraso de duas horas.

Não é por isso de estranhar que o funeral de Maria Alves tenha sido um dos mais concorridos de que há memória na capital. A multidão que se concentrou em frente à morgue do hospital de São José era tamanha que o cortejo só conseguiu sair em direção do cemitério dos Prazeres duas horas depois do previsto.

Junto à campa concentrava-se a fina flor do teatro lisboeta da época, a família da vítima e um muito choroso Augusto Gomes, a última pessoa a vê-la com vida. Quando o corpo da atriz desceu para terra, o empresário depositou no túmulo as fitas de uma coroa de lírios com a inscrição: «Saudade eterna, A.G.». Também lá estava a imprensa em peso, como não podia deixar de ser.

Entre o corpo de repórteres estava o homem do Diário de Notícias. Se antes o Repórter X tinha profetizado quem era o assassino, agora havia um novo homem a pôr-se um passo à frente da polícia e tratar de encontrar as provas. Foi graças a ele que o caso acabou por ser deslindado. O seu nome era António Ferro.

homicídio parque mayer
Salazar com António Ferro, o homem que liderou o Secretariado Nacional de Propaganda na ditadura do Estado Novo.

A verdade e nada mais que a verdade

A teoria do assalto ganhava pontos a cada dia que passava. Quase todos os jornais apontavam as baterias para um misterioso homem de fato cor de chumbo que fora visto nos arredores do Parque Mayer na noite da morte de Maria Alves.

António Ferro, no entanto, duvidava. Aos 31 anos, o jornalista era uma verdadeira celebridade na elite cultural lisboeta. Muito pelo convite que Mário de Sá Carneiro lhe tinha feito para escrever na revista Orpheu, em 1914, quando tinha apenas 19 anos.

António Ferro investigou o caso antes de entrevistar Hitler e Mussolini. Acabaria por tornar-se em homem forte de Salazar.

Era poeta, dramaturgo e redator principal do Diário de Notícias, para quem acabaria por escrever três entrevistas a Mussolini e uma a Hitler. Salazar, depois da imposição do Estado Novo, convidá-lo-ia anos para dirigir o Secretariado Nacional de Propaganda, o organismo de relações públicas da ditadura.

Em vez de confiar apenas nas declarações da polícia, Ferro decidiu fazer as suas próprias investigações. Entrevistou o homem que encontrara o corpo da atriz – um eletricista de cinema que acabara o turno no Salão Foz, aos Restauradores, às duas da madrugada – e percebeu pelas suas palavras que Maria Alves não podia ter sido morta ali, antes fora transportada já cadáver e deixada naquela viela escura. Ele guardara o sapato em falta, estava manchado de sangue. Era um claro sinal de que a vítima lutara pela vida antes de morrer.

Confirmou com os vizinhos que nenhum barulho se ouvira naquela noite na rua. Pois se a atriz tinha dado luta alguém teria ouvido certamente alguma coisa. Um dia depois de ele declarar nas páginas do DN que o Regueirão dos Anjos fora apenas um lugar de depósito do corpo a polícia veio dizer a mesma coisa.

Augusto Gomes acedeu falar com António Ferro e contou-lhe a sua versão do que tinha acontecido naquela noite. A polícia acreditou no empresário, o jornalista não.

Ferro gozava de um estatuto privilegiado no mundo das artes e com isso conseguiu uma entrevista com Augusto Gomes, o empresário de Maria Alves. Ele contou-lhe a sua história.

Que nessa noite tinham ido jantar ao Parque Mayer e que depois decidiram ir à segunda sessão do teatro Maria Vitória. Que desceram a pé a avenida da Liberdade e que a atriz se queixou do dinheiro em dívida da temporada no Porto. Que ele lhe deu esse valor na rua. Que ela usava um casaco de peles, um chapéu vermelho e joias no valor de 15 contos, todas elas oferecidas por ele. Que se separaram no Rossio e cada um tomara um elétrico num direção diferente.

Os outros jornais e os investigadores deram como certas as declarações do empresário, mas Ferro duvidava. No Porto, o Repórter X também continuava as suas indagações e falava com a mãe da vítima. Esta contou-lhe que Maria Alves lhe escrevera uma carta preocupada com os acessos de ciúmes de Augusto Gomes.

Não tardou a perceber-se que eram amantes – e o homem nunca negou esse facto. Dias antes de Maria Alves voltar a Lisboa, o empresário tinha aliás armado uma cena no Águia d’Ouro, depois de ela ter recebido uma carta de um admirador que lhe pedia um encontro, um empresário de Fafe. Augusto Gomes atirara-se a ele e no dia seguinte a atriz apareceu nos camarins com um olho negro. Disse ao demais elenco que tinha caído de uma escada.

Maria Alves e o empresário eram amantes. Nos últimos tempos a relação tinha-se deteriorado. Havia discussões, cenas de ciúme, muita violência.

Em Lisboa, a 11 de abril, António Ferro publica o furo que mudará toda a história. Desconfiando da inocência de Augusto Gomes decide bater à porta das casas dos vizinhos do empresário e várias pessoas lhe dizem que a relação amorosa durava há mais de cinco anos. Mais: que nos últimos tempos se tornara violenta. Havia discussões e pancadaria constante.

No número 71 da Rua Morais Soares, contíguo à casa de Augusto Gomes, vivia o capitão de Marinha João Luís Monteiro. Foi ele que contou a António Ferro ter visto, às duas da madrugada da noite de 31 de março, um táxi passar pela rua dos Anjos, de onde acabara de sair de um jantar em casa de amigos.

Lá dentro, confirmou a testemunha, estava Augusto Gomes e o corpo de uma mulher inanimada. O Diário de Notícias publicou a história. No dia seguinte, o empresário foi preso e acusado de homicídio. Declarou-se inocente.

homicídio parque mayer
Augusto Gomes responde em tribunal pelo homicídio de Maria Alves.

Foi isto que aconteceu

António Ferro sabia que o carro onde Augusto Gomes e Maria Alves tinham sido vistos era um Citröen escuro. Só havia dez carros registados dessa marca em Lisboa. A polícia apurou rapidamente o número do táxi onde o crime fora perpetrado – era o 9237. O motorista registado chamava-se João Fernandes e era um velho conhecido de Augusto Gomes.

O condutor, depois de ser interrogado pela Polícia de Investigação Criminal, acede a dar uma entrevista exclusiva ao jornalista do Diário de Notícias. E é então que se esclarece o que aconteceu naquela noite.

«Na noite de 30 de março o senhor Augusto visitou-me em casa e pediu-me para estar à meia noite e meia do dia seguinte perto do Maria Vitória, mas do outro lado da Avenida da Liberdade.»

homicídio parque mayer
Ilustração de Armando Boaventura para o DN, mostrando o empresário Augusto Gomes em tribunal.

Pediu-lhe que corresse as cortinas para que a mulher não o reconhecesse – e ele acedeu, pensando tratar-se de mais um namorico do antigo patrão.

No dia combinado, à hora combinada, fez o que Augusto Gomes lhe tinha pedido. Era uma cena planeada, sim, mas planeada para parecer espontânea. João Fernandes passou pelo casal com o sinal de livre ligado, o empresário fez-lhe sinal e mandou-o seguir para o Campo Grande.

«Matei a Maria. Confessou que me atraiçoara no Porto e fiz o que um homem de honra faz sempre», disse o empresário.

Ao início ouviu risos, depois o ruído dos corpos em movimento. Pensou que fizessem do banco traseiro cama e seguiu para Telheiras, deu a volta na rua de Beneficiência, seguiu para o Rego. Às tantas o empresário bateu-lhe no vidro. «Pára!»

«Ele saltou do carro esgazeado, olhou para as sombras para verificar que não havia ninguém e sentou-se no banco dianteiro, ao meu lado. E disse-me: ‘João, acabo de fazer o que um homem de honra faz sempre. Matei a Maria. Confessou que me atraiçoara, no Porto. Matei-a!’»

«Já lhe tirei as joias e rasguei o vestido, para quando a encontrarem acharem que foi um roubo. Ninguém desconfia. Vamos embora.»

O motorista enregelou, mas não teve tempo de fazer perguntas. Augusto disse-lhe: «Deixamo-la perto de casa, em qualquer parte. Já lhe tirei as joias e rasguei o vestido, para quando a encontrarem acharem que foi um roubo. Ninguém desconfia. Vamos embora.»

Abandonaram o corpo e Augusto Gomes foi para casa, onde entrou esbaforido e contou o que tinha acontecido à mulher com quem vivia maritalmente, Miquelina. «Pediu-me para guardar o casaco e as joias e não dizer uma palavra. Era o pai dos meus filhos, que outra coisa poderia eu fazer», perguntaria ela em tribunal.

homicídio parque mayer
Abertura do túmulo de Maria Alves para retirar as faixas deixadas por Augusto Gomes.

Confrontado com as declarações do motorista, Augusto Gomes admite a culpa. É marcado julgamento para novembro e os juízes ordenam que, por respeito aos familiares da vítima, o túmulo de Maria Alves seja aberto para que se retirem as faixas de saudade eterna que o empresário ali deixara.

O processo demoraria um mês a ser resolvido e continuaria a ter a cobertura de António Ferro e, agora, as ilustrações de Armando Boaventura. Ao tribunal, Gomes contaria ao corpo de juízes como estrangulara a sua antiga amada com as próprias mãos, depois de esta lhe confessar um caso com um homem chamado Carlos Alves, empresário e natural de Fafe. Maria resistira, mas Augusto Gomes era um homem possante. As marcas da luta estavam lá, ela perdeu.

O empresário desataria num pranto depois de falar e, quando saiu do tribunal num carro da polícia, uma multidão esperava-o em fúria. Tiveram de ser recrutados 40 agentes para repor a ordem.

Uma multidão zangada espera por Augusto Gomes à entrada do tribunal da Boa Hora. O policiamento teve de ser reforçado.

Augusto Gomes foi condenado a oito anos de prisão efetiva e doze de de degredo, por homicídio premeditado. João Fernandes levou seis anos de prisão, com dois anos de pena suspensa, por cumplicidade. Ao proferir a sentença, o juiz Ramada Carlos considerou o crime «excecionalmente repugnante.»

No fim da declaração, o tribunal deixou esta mensagem: «A resolução deste crime é uma glória para a imprensa portuguesa. Porque não foi a polícia que o resolveu, foi a imprensa. Os jornalistas que adivinharam desde o primeiro dia o que acontecera e os que nunca se contentaram com o que parecia ser roubo e afinal era ciúme.»

As palavras parecem servir como uma luva a António Ferro e ao Repórter X. Nos dias em que nos esquecermos para que serve o jornalismo, podemos sempre contar a história do assassinato de uma diva do Parque Mayer – e de como, se não fosse o jornalismo, as autoridades continuariam à procura de um misterioso homem de fato cor de chumbo.

 

[Publicado originalmente a 8 de abril de 2018]