A forte descida das temperaturas nestes dias pode levar a um pico de gripe

Texto Sara Dias Oliveira | Fotografia Shutterstock

A Direção-Geral da Saúde (DGS) acaba de fazer o ponto de situação da atividade gripal no país. Neste momento, 15 pessoas estão nos cuidados intensivos por causa da gripe, oito das quais internadas na última semana – e são sobretudo idosos com múltiplas doenças. E o antiviral, que faz parte da reserva nacional de medicamentos para ser usado apenas em casos graves, foi, até agora, utilizado uma vez. Segundo Graça Freitas, diretora-geral, a atividade gripal é, neste momento, «leve a moderada». Moderada no norte e leve no resto do país.

O país está em epidemia de crise e regista-se uma forte afluência às urgências dos hospitais. Com a previsão de forte descida da temperatura nestes dias, prevê-se um pico de gripe. Mais de 1,3 milhões de pessoas já foram vacinadas, mas ainda há vacinas disponíveis nas unidades de saúde. A DGS recomenda a vacinação. «Nunca vacinamos tanto como este ano», avançou Graça Freitas.

«Em todo o mundo, morre-se mais e adoece-se mais nos meses frios», disse Graça Freitas, diretora-geral de saúde, no briefing para a comunicação social realizado hoje.

Segundo a responsável, a situação gripal está dentro do que é habitual para esta altura do ano e Portugal não destoa do mapa europeu – onde Espanha, França, e algumas regiões do Reino Unido, estão com picos mais acentuados. «Em todo o mundo, morre-se mais e adoece-se mais nos meses frios», referiu a diretora-geral no briefing para a comunicação social realizado nesta quinta-feira.

Está mais frio, chove em quase todo o país, a humidade entranha-se no corpo, os alunos regressam às escolas e os adultos aos trabalhos. E a gripe ataca com mais intensidade. Os horários dos centros de saúde são alargados e há planos de contingência porque o pico da gripe acontece normalmente no primeiro mês do ano, em pleno inverno. E é o que está a acontecer.

A DGS admite que haverá dias críticos nas próximas semanas, mas garante que o país está preparado para a doença que este ano tem dois tipos de vírus, do tipo A e B. Os centros de saúde estão abertos durante mais horas, as cirurgias não urgentes estão a ser adiadas para dar resposta ao aumento de situações, e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, criou uma área especial de contingência para os casos de gripe.

Nunca é tarde para relembrar sintomas, medidas de precaução, e o que fazer se a doença atacar.