O estilo não tem idade

Texto Sofia Teixeira | Fotografia Reuters

O caso não é que «os 70 são os novos 60» e «os 60 os novos 50» e «os 50 os novos 40». O caso é que a beleza e o estilo são simplesmente coisas que não têm idade. Monica Bellucci, 55 anos; Julianne Moore, 59; Helen Mirren, 74; e Sophia Loren, 85 anos, estão aí para o provar.

E se dúvidas houvesse, bastaria olhar para Iris Apfel: 98 anos, alive and kicking, a fazer capas de revista de moda por todo o mundo e capaz de dar valiosas lições de moda e estilo a qualquer «influencer digital» com metade da idade. Na realidade, o mundo da moda só a descobriu depois dos 80 anos, razão pela qual chama a si própria uma «starlet geriátrica».

Talvez um dos conselhos mais sábios sobre como estar bem depois dos 50 seja este: aceite a idade que tem e não tente parecer com menos 20 anos. Fora isso, quase tudo continua a ser permitido.

Sete blogues de Fashionistas acima dos 50

Style at a Certain Age, de Beth Djalali – www.styleatacertainage.com
The Middle Page, de Cathy Williamson – https://the ‑middlepage.com
Accidental Icon, de Lyn Slate – https://www.accidentalicon.com/
That´s Not My Age, de Alyson Walsh – https://thatsnotmyage.com/
The Silver Style, de Lisa Hale – http://the ‑silverstylist.com/
Not Dead Yet Style, Patti Gibbon – http://notdeadyetstyle.com/
The Midlife Fashionista, Susan Kanoff – http://www.themidlifefashionista.com/

CABELOS

O cabelo, a que tantas vezes chamam «a moldura do rosto», tem um papel importante na aparência geral e pode fazer a diferença entre um aspeto cuidado ou desleixado. Isto é verdade em todas as idades, mas após os 50 é ainda mais importante. Se tem bom cabelo, gosta dele comprido e tem tempo para o tratar, ótimo. Caso contrário, opte por um corte mais curto, que seja de fácil manutenção e que, no dia‑a‑dia, consiga trazer o mais arranjado possível. Fazer ou não coloração para esconder os cabelos brancos já depende de cada mulher: algumas sentem ‑se com um ar envelhecido com cabelos brancos à mostra, outras assumem ‑nos com grande estilo e há até as que o pintam com mais brancos do que aqueles que têm.

MAQUILHAGEM

Menos é mais. Ao tentar «tapar» rugas com maquilhagem só vai conseguir um aspeto empastado e artificial. As regras de ouros são estas: hidratar bem a pele antes da maquilhagem, para evitar que a base e o pó se acumulem nos sulcos e deixem as rugas mais visíveis; fugir dos brilhos nas pálpebras, já que evidenciam a flacidez; se há rugas na zona dos lábios, optar por bâton de cor pastel ou, em alternativa, usar um bom lápis de contorno – caso contrário vai acabar com aquelas linhas de cor que sobem pelas rugas acima na zona do buço.

ROUPA

CUIDADOS DE PELE

As peles maduras têm menos elasticidade e mais tendência para ficar secas. Assim, os cuidados de hidratação são essenciais e convém apostar em cremes mais densos e mais concentrados que respondem melhor às necessidades da pele. A proteção solar não deve ser esquecida – o sol é o principal responsável pelo envelhecimento da pele – e, ao aplicar os cremes, é essencial que não se esqueça da zona do pescoço, colo e mãos. Pode e deve continuar a fazer esfoliação, a usar tónico e a apostar num bom creme de contorno de olhos, próprio para a idade e para o tipo de pele.

EXERCÍCIO FÍSICO E ALIMENTAÇÃO

Manter rotinas de exercício físico (ou passar a tê‑las) é essencial. Não só para controlar o peso, mas também para manter a elasticidade e o equilíbrio e para prevenir doenças cardiovasculares. As principais associações de cardiologia recomendam o mínimo de 150 minutos semanais de atividade física moderada. Há o mito de que na meia ‑idade já não se deve praticar exercício com muito impacto, mas se não houver nenhuma condicionante física identificada pelo médico não há razão para parar de correr ou fazer cardio fitness. O mesmo acontece com a alimentação: se for saudável e não existir nenhuma nova patologia, não há necessidade de fazer adaptações. No entanto, se a menopausa já chegou, pode aconselhar ‑se com um nutricionista de forma a fazer compensações na dieta habitual.