Dez situações em que Trump foi apanhado a mentir

Leah Millis/REUTERS

É mais uma trapalhada à boa maneira de Trump. Desta vez, foi Michael Cohen, antigo advogado do presidente americano, a servir de rastilho para a polémica.

Tudo porque, na terça-feira, Cohen chegou a acordo com os procuradores federais do estado de Nova Iorque, declarando-se culpado dos crimes de fraude bancária, fuga aos impostos e violação das leis federais de campanha.

Só que a história não fica por aqui. O advogado, outrora o fiel escudeiro de Trump, admitiu ter feito pagamentos a pelo menos duas mulheres, “a mando de um candidato presidencial”, para esconder uma relação extraconjugal.

Não é difícil deduzir quem foi o candidato presidencial. Mas a versão do presidente americano é… bem diferente, como seria de esperar. “Inventou histórias para conseguir um acordo”, assegura.

Quem diz a verdade? Ainda muita tinta correrá até haver certezas. Enquanto isso, a Notícias Magazine recorda-lhe dez situações em que o líder americano foi apanhado a mentir.

Tomada de posse

Leah Millis/REUTERS

As mentiras de Trump começaram com os primeiros dias de presidente. Logo na tomada de posse, o líder americano jurou a pés juntos que, a assistir ao momento, estava a “maior audiência de sempre”. Mas foi traído pelas imagens: fotografias aéreas da tomada de posse de Barack Obama, em 2009, provam que, quando o antigo presidente assumiu os destinos do país, em 2009, a moldura humana era bem maior.

Sobre o New York Times

Carlos Barria/REUTERS

Dias depois, Trump voltou a meter o pé na argola, segundo o “New York Times”. Num tweet sobre o centenário jornal americano, Trump escreveu: “A cobertura sobre mim foi tão falsa que o jornal teve de pedir desculpa aos leitores e subscritores.” O New York Times garante que nunca pediu desculpa.

Taxa de homicídios

Leah Millis/REUTERS

Aparentemente, os números não são o forte de Donald Trump. Percebeu-se isso a propósito da taxa de homicídios do país quando, em fevereiro de 2017, garantiu que os Estados Unidos estavam com os números mais altos dos últimos 47 anos. O New York Times garantiu que a taxa de homicídios atingiu o auge nos anos 80 e 90.

Terrorismo

Leah Millis/REUTERS

Uma das maiores calinadas de Trump teve a ver com terrorismo. Vejam o que aconteceu na Alemanha e o que aconteceu na Suécia na noite passada. Suécia, quem poderia acreditar nisto?”, escreveu o presidente americano no Twitter. Nenhum problema… a não ser o facto de não ter havido qualquer atentado terrorista na Suécia.

Barack Obama

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No leque de mentiras de Trump, também há lugar para a versão “drama queen” do presidente americano. “Terrível! Acabei de descobrir que Barack Obama mandou pôr escutas na Trump Tower mesmo antes da minha vitória”, queixou-se. Sucede que nunca foram encontradas quaisquer provas dessas escutas…

Programa F-35

Leah Millis/REUTERS

Em abril, a questão foi o programa de F-35, com o presidente americano a reivindicar louros indevidos. “Estava muito acima do orçamento. Eu consegui poupar mais de 725 milhões só por me envolver na negociação”, reivindicou. Só que muitos dos cortes no programa já tinham sido planeados antes de Trump ser eleito.

Saúde

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Dos jatos à saúde. Trump garantiu que o plano de saúde que estava a ser preparado seria “tão bom” como o Obamacare e que acautelaria situações de doenças pré-existentes. Os factos mostram que a promessa está longe de ser verdade…

“The Late Show”

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Mas os números haveriam de voltar a dar problemas ao presidente Trump. Em maio do ano passado, depois de ter estado no “The Late Show”, garantiu que, com dois milhões de espectadores, o programa tinha tido a audiência mais alta de sempre. Problema: não teve. Meses antes, tinha tido audiência de 2,8 milhões.

Acordo de Paris

Carlos Barria/REUTERS

O rigor e a precisão não são o forte de Trump, já deu para ver. Mesmo em questões factuais. Sobre o acordo de Paris, por exemplo, garantiu que a China “foi autorizada a construir centenas de centrais de carvão”. E que os Estados Unidos não tinham sido. Mas o acordo de Paris é omisso quanto à construção de centrais de carvão…

Incêndios na Califórnia

Carlos Barria/REUTERS

E se ainda alguém acredita que, no barómetro da verdade, Trump foi melhorando com o tempo, não podia estar mais enganado. Já este mês, a propósito dos incêndios na Califórnia, voltou a meter a pata na poça. No Twitter – sempre o Twitter –, o líder americano defendeu que uma das principais causas para as proporções que os fogos estavam a assumir eram as más leis ambientais, que não estavam a permitir ter uma quantidade suficiente de água para ser utilizada. Só que os bombeiros garantem que tudo aconteceu por causa das condições atmosféricas.