Conferência Notícias Magazine: Sim, há tecnologia a mais na vida dos nossos filhos

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Texto de Ana Patrícia Cardoso | Fotografias de Sara Matos/Global Imagens

Pais e filhos vieram ouvir, partilhar experiências e perceber, afinal, como a tecnologia veio influenciar a forma como nos relacionamos em família e como as crianças estão a crescer viciadas no mundo digital. Entre choros, risos e correrias, os miúdos acompanharam os pais, criando uma atmosfera de descontração e empatia. Os números apresentados surpreenderam grande parte da plateia.

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O pediatra Paulo Oom iniciou o ciclo de apresentações com uma estatística alarmante: as crianças americanas passam cerca de oito horas ligadas. Na plateia, alguns adolescentes comentavam que «por aqui ainda não é assim tanto». Mas para lá caminha.

«Dar o exemplo», «estabelecer limites», «criar alternativas para os adolescentes sem o telemóvel» foram algumas das medidas mais salientadas em palco.

Já no último painel de debate, Rute Agulhas, psicóloga e professora, alertava para um estudo feito na área da Grande Lisboa que diz que as crianças de 3 anos passam, em média, três horas diárias «ligadas» à tecnologia.

Entre os palestrantes e a plateia trocaram-se opiniões sobre a responsabilização dos pais na dependência dos filhos. «Dar o exemplo», «estabelecer limites», «criar alternativas para os adolescentes sem o telemóvel» foram algumas das medidas mais salientadas em palco.

Carlos Coelho, eurodeputado da Comissão de Proteção de Consumidores e Liberdades Cívicas do Parlamento Europeu, referiu que «o controlo parental é fundamental. Os pais não podem esperar por leis. Nada substitui o controlo parental».

Para Francisco Serrão, de 13 anos, o dia foi enriquecedor. «A minha mãe leu no jornal que ia haver esta conferência, fui ler o programa online e fiquei interessado. Sou muito ligado às tecnologias, estou sempre à procura de informação e quero seguir este caminho.»

Marcos Piangers encerrou o painel de convidados ao lado da mulher, a jornalista Ana Cardoso, entre gargalhadas e palmas, mas com uma mensagem vincada: «Não deem presentes, deem atenção.»