Texto de Pedro Emanuel Santos
Uma britânica de 20 anos, a viver na Austrália, pagou caro o vício de roer as unhas. Courtney Whithorn desenvolveu um raro cancro da pele num dos polegares e teve de o amputar antes que a doença se espalhasse ainda mais.
Whithorn foi internada depois de o polegar começar a escurecer e ganhar o que parecia ser uma grande infeção. Ainda tentou esconder a situação de familiares e amigos, mas o problema era demasiado evidente.
Quando a mulher chegou ao hospital, na cidade australiana de Gold Coast, os médicos depararam-se com uma situação clínica rara. Após algumas questões à paciente, ficaram a saber que ela tinha o hábito de roer as unhas, tendo mesmo, em tempos, arrancando por completo a de um polegar – precisamente o que veio a ser amputado. Os médicos ainda realizaram quatro cirurgias para o dedo, mas sem sucesso.
“Quando descobri que o cancro tinha sido originado pelo facto de eu roer as unhas fiquei destroçada”, confessou Courtney Whithorn, Que tem uma justificação delicada para o vício: o bullying que sofreu na escola desde os 16 anos. Roer as unhas tornou-se uma espécie de refúgio em horas de mais ansiedade. E um segredo guardado a sete chaves, também. “Escondia o polegar com o punho fechado, não queria que ninguém visse.”
Este pode ser um alerta para quem rói as unhas em situações limite de stress. Ou seja, que sofre, segundo o termo dado pelos médicos, de onicofagia, condição que não deve ser ignorada sob pena de suceder o mesmo que a Courtney.
