Alexandre Dias, o ironman que se tornou atleta depois da doença

Foto: Jorge Amaral/Global Imagens

No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma história de superação.

Tinha 25 anos, estudava Economia em Coimbra, sentia uma fadiga extrema sem justificação. Foi um nevoeiro persistente no olho esquerdo, uma neurite ótica, que o levou ao médico e a uma notícia difícil de digerir.

“Não sabia o que era esclerose múltipla, só percebi que era grave quando o médico me disse que não tinha cura.” Alexandre Dias, hoje com 33 anos, entrou numa fase de negação, chegou aos 116 quilos de peso, até que decidiu fazer exercício físico. A sua vida mudou.

Há pouco mais de um mês, participou no campeonato mundial Ironman, no Havai, na prova mais dura, 14 horas e 20 minutos de natação, bicicleta e corrida.

Em 2017, foi o primeiro português com esclerose múltipla a completar uma prova no Ironman de Barcelona. Tem mais de 60 competições no corpo e é a prova de que não há doença que demova uma vontade.

“Qualquer que seja o sonho é preciso arriscar. Espero continuar a dar força a outras pessoas que tenham a doença e demonstrar-lhes com o meu exemplo que é possível acreditar num futuro melhor.”