Quando era pequena, Angel Wanjiru costumava perguntar à mãe porque era diferente das outras pessoas. Hoje, com 14 anos, a adolescente que nasceu com hidrocefalia congénita, uma doença que faz com que o crânio seja maior do que o resto do corpo, inspirada nas dúvidas que assombraram o seu crescimento, concretizou um sonho: ser cantora.
“Eu nunca me aceitei, então a minha mãe dizia-me todos os dias: “Eu amo-te, eu amo-me, eu amo-te'”, contou a queniana à BBC. Mas o preconceito nunca desapareceu da sua vida, é uma luta diária. Recentemente, contou Angel, “uma pessoa riu-se de mim por causa da minha aparência. E eu comecei a chorar.” Mas não há nada que possa fazer. Por isso, a maioria das vezes não deixa que os risos e insultos a perturbem e ignora-os.
“Eu quero saber” é o seu primeiro trabalho. Para as crianças como ela deixa uma mensagem: “Aceitem-se da forma como foram criadas. Não importa se as pessoas se riem de vocês. Não dependam delas, porque elas não são quem vos criou. Foi Deus. Então aceitem-se e nunca desistam.”
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