O que a Susan Sarandon e a WikiLeaks têm em comum?

Texto de Ricardo Santos

Susan Sarandon é uma das atrizes norte-americanas mais brilhantes da sua geração. Nunca a esqueceremos pelo poderoso papel que teve em Thelma & Louise (1991), ao lado de Geena Davis, e depois disso já venceu um BAFTA (O Cliente, 1994), o Óscar de melhor atriz (A Última Caminhada, 1995) e tem seis Emmies em casa. Mas não é só por isso que merece destaque.

É igualmente pelo papel de ativista, sendo Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF e destacando-se pelas posições humanitárias e anti-sistema nos EUA. Desde a década de 1980 já se juntou a causas como justiça social, comunidade LGBT, contra a guerra no Iraque (todas elas…) ou contra o racismo. Susan faz 71 anos a 4 de outubro – tantos? –, curiosamente o mesmo dia que marca o arranque da Wikileaks, fundada por Julian Assange em 2006.

Tudo começou na Islândia com a liderança deste ativista australiano que se encontra com estatuto de asilo na embaixada do Equador em Londres desde agosto de 2012. Entretanto cerca de dez milhões de documentos comprometedores continuam disponíveis, ligados a temas quentes como a guerra no Afeganistão, ataques militares a jornalistas no Iraque, detenções na base de Guantanamo, eleições norte-americanas ou Panama Papers.