O verde é a cor que está a dar

Camisola Francomina (90 euros), em tom verde greenery.

A cor do ano foi eleita: chama-se greenery. Nos primeiros meses de cada ano, as páginas das revistas enchem-se com os tons escolhidos e as montras começam a espelhar a tendência. Na moda e não só. Mas há outros verdes que vão dar que falar.

O Instituto Pantone garante que 2017 é verde – tal como 2013, que se vestiu de esmeralda, e 2010, com o turquoise (uma mistura de verde com azul e outros tons). Mas o verde deste ano é diferente e é bem vivo. Chama-se greenery e inspirou-se nas cores da natureza, das folhas das árvores à relva dos parques, remetendo para os primeiros dias de primavera em que o verde é mais vibrante. Corresponde ao Pantone 15-0343 e encontra-se entre os verdes mais próximos do amarelo, o que o torna radiante.

No ano passado, pela primeira vez desde que se elege a cor do ano, foram escolhidos dois tons que funcionavam em conjunto: o azul-serenity e o rosa-quartz. Esta combinação apelava à calma e à serenidade necessárias num ano de 2016 marcado pela crise dos refugiados e pelos ataques terroristas.

Em 2017, os dois sentimentos prolongam-se na necessidade de harmonia com a natureza, como explica Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Colour Institute: «O greenery irrompe em 2017 para nos dar a esperança que procuramos coletivamente no meio de um contexto social e político complexo. Vem responder ao nosso desejo crescente de rejuvenescimento, vitalidade e união. Greenery simboliza a reconexão com a natureza e uns com os outros.»


A CASA DAS CORES

O Instituto Pantone, sedeado nos EUA, é considerado a autoridade mundial da cor. É aqui que são uniformizadas (e classificadas) todas as tonalidades existentes no mercado em todas as áreas, das tintas de parede da nossa casa à cor da roupa que usamos, passando pela cor dos carros, do mobiliário ou da publicidade. Anualmente, o instituto elege a cor dos meses seguintes, analisando ideias da moda, o que as pessoas gostam de comer, ver e cheirar, para onde querem ir de férias, etc., juntando depois tendências culturais e artísticas.