Quando Nélson Évora ficou à porta do Urban

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Por ordem do Ministério da Administração Interna e na sequência das agressões gravadas em vídeo e que se registaram na madrugada de 1 de novembro a PSP encerrou a discoteca Urban Beach.

O gabinete do ministro Eduardo Cabrita adiantou que a «avaliação assentou igualmente nas 38 queixas efetuadas à PSP sobre este estabelecimento ao longo do ano de 2017». E de facto esta não é a primeira polémica em torno da discoteca. Há histórias de agressões, humilhações, desaparecimentos e casos de racismo a que nem Nélson Évora escapou.

Em 2014, Nelson Évora, campeão olímpico em 2008, acusou a discoteca de preconceito racial. Nas redes sociais contou o sucedido.

Em 2014, Nelson Évora, campeão olímpico em 2008, acusou a discoteca de preconceito racial. Nas redes sociais contou o sucedido. «Éramos um grupo grande, 16 pessoas e com mesas pré-reservadas. Quando chegámos à porta negaram-nos o acesso. Disseram-nos que haviam demasiados pretos no grupo», escreveu no Facebook, fazendo acompanhar a publicação com uma foto em que aparecia a comer uma banana com um amigo.

E não foi a primeira polémica da discoteca. Em 2013, João Medeiros, um açoriano que teria vindo passar uns dias a Lisboa para se encontrar com velhos amigos do arquipélago, desapareceu pouco depois de abandonar o estabelecimento por ordem de expulsão, alegadamente por estar embriagado, segundo contaram amigos à Visão. O corpo nunca foi encontrado.

Em 2012 tinha sido Cristiano Ronaldo a começar a noite na discoteca e a acabar envolto em polémica.

Um ano antes tinha sido Cristiano Ronaldo a começar a noite na discoteca e a acabar envolto em polémica. Ao que se sabe Cr7 teria insistido em pedir o contacto telefónico a uma rapariga que seria namorada de Gonçalo Teixeira, modelo. Depois, o manequim terá tentado tirar satisfações com o capitão da seleção e terá sido empurrado para o rio. Não se sabe ao certo se foram os amigos do jogador do Real Madrid ou os seguranças do Urban.

Já em agosto deste ano, um jovem português emigrado em França veio passar férias a Lisboa e também para ele a noite acabou mal. Ao Público, Rúben não revelou o apelido mas contou que foi agredido, alvo de racismo por parte da equipa de segurança da discoteca portuguesa e que apresentou queixa no Alto Comissariado para as Migrações.