E se alguém lhe oferecesse ouro e diamantes neste natal?

Texto Sónia Salgueiro Silva

Em 1910, Anselmo Torres descobriu a vocação: comércio da joalharia. Com o filho, Carlos, iniciou em Torres Vedras uma viagem que já leva cinco gerações a ajudar a moldar a história da joalharia em Portugal.

A vontade de expandir o negócio levou a família até Lisboa na década de 1930. Os clientes cosmopolitas encontrariam, a partir de então, as mais belas joias no Martim Moniz, no local onde hoje está o Hotel Mundial.

A Torres Joalheiros já conta com cinco gerações a fazer joias em Portugal. Rita Torres é administradora da empresa. [Fotografia de Orlando Almeida/Global Imagens]
Duas décadas depois, a empresa voltou a crescer e abriu a Ourivesaria Pimenta, no coração da baixa pombalina, na esquina da Rua Augusta com a Rua de Santa Justa. Nesta altura, Carlos já tinha angariado para o negócio o filho, Carlos Augusto, que, anos mais tarde, passou o «bichinho» do negócio ao respetivo filho, João Carlos Torres, atual presidente do Conselho de Administração do Grupo.

«Fazer parte de um grupo com mais de cem anos é um privilegio único e um desafio profissional constante na preservação deste legado histórico, que conta já com sete lojas Torres Joalheiros em Lisboa e Cascais», diz Rita Torres, mulher de João Carlos Torres e administradora da empresa.

Marcas de luxo como Rolex, Chopard ou Messika fazem parte da oferta disponível, mas para este natal a família sugere a linha especial Cemtury by Torres, inspirada na letra C (o cem romano), lançada em comemoração do centenário da marca, em 2010.

«É uma coleção de design contemporâneo mas ao mesmo tempo intemporal, adapta-se a qualquer situação do dia ou da noite», diz Rita. Além dos brincos há também colares e anéis nas variações de ouro branco e ouro rosa, com brilhantes.»

Pode aceder à lista das lojas aqui.

David Rosas: continuar o legado

A história começou em 1860. Mateus dos Santos Rosas, dava os primeiros passos no ramo da ourivesaria com uma pequena oficina em Gondomar.

Em 1930, a empresa familiar gerida pelo neto, Serafim Rosas, passou a denominar-se Rosas de Portugal. Na década de 1980, David Rosas, bisneto do fundador, criou com a mulher Maria Luísa – que desenhava as peças – a empresa de nome próprio, e abriu a primeira loja no Porto, em plena Avenida da Boavista.

Em 1992, quando chegaram a Lisboa e abriram um espaço no Hotel da Lapa, já estavam consagrados como casa de luxo. Hoje a David Rosas tem seis lojas abertas em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira.

Por lá podemos encontrar joias e relógios de marcas de referência, mas também coleções com o nome da marca. Como a Coleção Tribe, lançada há três anos por Luísa Rosas, filha de David Rosas e irmã de Pedro Rosas, atual CEO da empresa.

«Queremos que os nossos clientes experimentem uma coisa verdadeiramente única: o prazer intemporal das peças de luxo exclusivas. Como esta peça, desenhada pela minha irmã.»

Pode aceder à lista das lojas aqui.

Marcolino: a história do luxo no Porto passa por aqui

A Marcolino Relojoeiro é das principais referências no Porto no mundo da joalharia. Foi ali, na Rua de Santo Ildefonso, que António Marcolino abriu a primeira loja, em 1926 – dando-lhe a designação que mantém até hoje.

«Há mais de noventa anos que nas nossas montras brilham marcas de relojoaria suíça, como Rolex, Jaeger-LeCoultre, Vacheron Constantin, Omega, Montblanc, Blancpain, Piaget ou Breitling», diz Bruno Rodrigues, responsável de marketing – a empresa está atualmente nas mãos de Paulo Neves.

O segredo do sucesso da casa, que atualmente tem lojas na rua de Santa Catarina e na Praça da Liberdade, não está apenas nas marcas, mas também, e sobretudo, no atendimento personalizado e no serviço prestado, o que torna a Marcolino uma das principais escolhas dos portuenses para compras de luxo.

Para este natal, a histórica casa do Porto sugere uma pulseira da coleção Circle, em ouro rosa, branco e com diamantes, da K di Kuore.

Pode aceder à lista das lojas aqui.

Camanga: negócio de pai e filhos

A Ourivesaria Camanga nasceu em 1976, quando José Teixeira abriu a primeira loja, no então inovador Centro Comercial Imaviz, em Lisboa.

Mais tarde abriu vários espaços na capital, em Torres Vedras e no Algarve. «Houve uma altura em que tivemos sete lojas no centro e sul do país», diz o fundador, de 76 anos. «Mas a qualidade é inimiga da quantidade.»

Iniciaram então um percurso inverso, que culminou com a inauguração da principal loja que têm hoje, na Rua Carlos Testa, perto da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Os filhos, José e Gonçalo Teixeira, ajudam o pai na gestão do negócio e serão eles que levarão a marca para o futuro. Mantendo as premissas de sempre: «O nosso maior investimento é a satisfação do cliente. É isso que tem garantido o nosso sucesso. Temos as portas abertas à paixão pela bela joalharia e relojoaria».

Para este Natal, a Casa Camanga sugere um conjunto de anel e brincos Monseo.

Pode aceder à lista das lojas aqui.

Eugénio Campos: joias a pensar nas mulheres

Aos 52 anos, Eugénio Campos pode gabar-se de ter construído um império que espera passar aos filhos, Diogo e Rafaela.

Formado em Gestão, foi a oportunidade que fez dele joalheiro. «Quando acabei o curso surgiu a possibilidade de trabalhar com artigos de prata.»

Sem raízes na área, começou por comercializar estas peças sozinho, sem ajudas. Foi há trinta anos. «De uma firmazinha fiz uma empresa onde hoje trabalham mais de 50 pessoas. Construí uma marca que se destaca, que tem notoriedade, qualidade».

Hoje desenha ele próprio alguns artigos mas, por trás, tem toda uma equipa que o ajuda. Casado com Rosa Maria há quase trinta anos, e talvez inspirado por ela, é para as mulheres que o joalheiro mais trabalha.

«São peças elegantes enquadradas em mulheres exigentes que gostam de usar joias e de se sentirem especiais.» É neste contexto que surge a peça que sugere para este Natal: um anel em ouro e diamantes que «faz parte de um conjunto premium».

Pode aceder à lista das lojas aqui.

Joalharia portuguesa: onde comprar?

A Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) abriu na loja El Corte Inglès, em Lisboa, um espaço onde se pode comprar joias de fabrico nacional.

A ideia é promover o se faz em Portugal nesta área, tendo até criado a assinatura Portuguese Jewellery – Shaped With Love.

Para já são dez as marcas nacionais ali presentes: Carlton Jewellery, Filipe Fonseca, Iglezia, Joana Mota Capitão, Mimata, Portugal Jewels, Razza Joias, Rosarinho Cruz, Sara Sousa Pinto e Sopro Jewellery.

Informações em www.aorp.pt e portuguesejewellery.pt.