Texto NM | Fotografias da Shutterstock
Sempre que ouvimos falar na longevidade lendária dos japoneses, recordistas mundiais na arte de viver muito tempo (em 2016 eram mais de 65 mil os centenários), os pensamentos atropelam-se-nos no espírito. Será da dieta, como atestam vários estudos científicos? Do tai chi que fazem pela manhã? De algo mais?
Segundo os japoneses, todas as pessoas têm um ikigai, uma razão para existirem.
A resposta é «sim» à alimentação e ao exercício, mas sobretudo a um conceito muito japonês chamado ikigai: algo que se traduz como «uma razão para viver» e, na prática, significa a motivação vital que os faz sair da cama todos os dias com espírito de missão, dispostos a empreender, cientes de quem são e do seu caminho.
Segundo os japoneses, todas as pessoas têm um ikigai, uma razão para existirem. A diferença é que se algumas já descobriram o seu papel no mundo e vivem felizes e realizadas em função dele – como os habitantes de Okinawa, a ilha mais longeva do mundo –, outras continuam à procura do norte (a maioria de nós).
O segredo é saber identificar aquilo que nos dá prazer e em que somos bons.
E não, o objetivo último do ikigai não é a felicidade, sublinham os espanhóis Héctor García e Francesc Miralles nos seus livros Ikigai: Los secretos de Japón para una vida larga y feliz e El método ikigai. Para estes especialistas em cultura japonesa (García) e psicologia (Miralles), o segredo está em saber identificar aquilo que nos dá prazer fazer e em que somos bons – o dom que todos teremos – para nos realizarmos na vida, no trabalho, nas relações e na pertença à comunidade.
«A felicidade virá como consequência», garante Francesc Miralles, acrescentando a autoestima, a diversão e o sentimento de realização pessoal ao rol de benefícios. Na dúvida, sempre que precisar de se sintonizar com os seus pontos fortes na voragem dos dias, diz, responda a estas quatro perguntas que lhe deixamos na fotogaleria. Depois é só seguir o que o seu ikigai lhe mandar.
