Escritora do dia: Rita Ferro

Notícias Magazine

O que é que está a ler?
O Arquipélago, de Joel Neto. Excelente.

O que é que está a escrever?
O meu novo romance, a entregar em outubro.

Quem é o seu escritor preferido?
Não tenho um escritor preferido. Quando aponto um, rapidamente me lembro doutro e doutro e doutro. Não tenho ídolos em nenhuma área, já falei disto ao médico (risos).

Quem é o seu herói da ficção?
Gregor Samsa, d’A Metmorfose de Kafka. Na verdade, um anti-herói. Foi de longe o que mais me impressionou. E estou sempre a encontrar «samsas» na vida.

Qual é o seu palavrão preferido?
O não dito.

Que palavra nunca usa?
«Lábios». Era tabu na família.

Quem é a pessoa que mais admira?
A mais bondosa.

Que talento gostaria de ter?
Gostava de saber cantar, mas fica para outra vida.

Qual é o seu maior feito?
Ter sobrevivido a três divórcios sem amargura nem ressentimentos.

Se pudesse escolher, em que país teria nascido?
Inglaterra, num cenário rural. É uma ideia romântica, porque adoro sol, mas tudo me encanta no campo inglês.

Qual é a sua ideia de felicidade?
Ter força para continuar a superar as adversidades.

Qual é o seu maior medo?
De pessoas sem sentido de humor.

Qual é o seu lugar preferido do mundo?
O Estoril, onde vivo.

Que qualidade mais aprecia numa pessoa?
A bondade, sempre a bondade.

Se pudesse reencarnar, gostaria de voltar em que pele?
Na pele de uma mulher de 1,80m, bonita e tenista. A minha vida teria sido tão melhor (risos).

Que livro ofereceria a Marcelo Rebelo de Sousa (para ele ler mesmo)?
Barbara Cartland, para o ver rir-se genuinamente.

Se desse de caras com Donald Trump, o que faria?
Nada. O homem inspira-me pena. Talvez baixasse os olhos.

Com quem gostaria de tirar uma selfie?
Nunca pedi nenhuma, mas talvez com o Ronaldo. Os meus netos passariam a olhar-me de outro modo.

Qual é o seu lema de vida?
«A vida só tem a beleza que tivermos», excerto de um texto de Miguel Torga.

Qual o final mais marcante que já leu?
Talvez o d’As velas ardem até ao fim. Um epílogo em aberto. Ainda hoje me pergunto se o melhor amigo quis ou não matá-lo. Acho que sim, mas nada é explícito.