Avenida Q: os fantoches politicamente incorretos estão de volta

Texto de Ana Patrícia Cardoso | Fotografia de Gustavo Bom/Global Imagens

A adaptação portuguesa do musical da Broadway esteve em cartaz, de fevereiro a abril, e foi vista por mais de 17.500 pessoas. A segunda temporada regressa hoje, 7 de setembro, ao Casino de Lisboa e ficará em cartaz «enquanto houver público», segundo a produtora Sandra Faria.

Na Avenida Q, as pessoas convivem com marionetas e as personagens juntam-se para falar de temas tão atuais como o desemprego, o sexo, as relações ou o preconceito, usando uma linguagem divertida e frontal.

O elenco é composto por Ana Cloe, Diogo Valsassina, Samuel Alves, Gabriela Barros, Inês Aires Pereira, Rui Maria Pêgo, Rodrigo Saraiva e Manuel Moreira e, entre o tarado, a porca, a ingénua, o comediante desempregado ou o cantor Saul, há peripécias para todos os gostos.

Para o encenador Rui Melo, a razão sucessdoo de Avenida Q é a «originalidade do texto. por serem bonecos, parece que podem dizer tudo, há uma maior aceitação e nós aproveitamos para ir direto ao assunto.»

Avenida Q estreou em 2003 na Broadway e, desde então, arrecadou vários prémios de teatro e foi adaptada em vários países. Para Rui Melo, o encenador, a razão deste sucesso transversal é a «originalidade do texto. De alguma forma, por serem bonecos, parece que podem dizer tudo, há uma maior aceitação e nós aproveitamos isso para ir direto ao assunto». O público tem aderido ao conceito e «houve muita gente que não conseguiu ver antes porque esgotou. Só parámos em abril por falta de sala, não por falta de público e isso é muito bom. Este regresso era desejado.»

O espetáculo vai estar no Casino de Lisboa, Auditório dos Oceanos, de quinta-feira a sábado, às 21h30, e aos domingos às 16h30. No início de 2018, de 11 de janeiro a 25 de fevereiro, viaja até ao Teatro Sá da Bandeira, no Porto.