Está em marcha uma revolta dos anunciantes contra as plataformas YouTube e Google – e tudo por causa dos algoritmos. Eles determinam quem recebe os anúncios colocados nas plataformas, mas não ao conteúdo ao lado do qual aparecem, e tem acontecido que marcas respeitáveis veem os seus produtos a serem promovidos antes de vídeos de moralidade duvidosa, nomeadamente de propaganda de pregadores radicais islâmicos.
Segundo dados recolhidos pelo The Times, sites terroristas terão ganho mais de 250 mil libras com publicidade digital programática – vendida em lote, e sem qualquer seleção. Companhias como a Johnson&Johnson, General Motors, a farmacêutica GSK, ou a La Redoute, a Unilever e a Vodafone – também em Portugal – retiraram investimentos de publicidade digital no You Tube.
A Associação Internacional de Anunciantes emitiu um comunicado dizendo que «todas as agências e media partners devem reconhecer que proteger uma marca deve ser o mais importante». Apesar de ainda não ter tido uma reação oficial, a Google diz que está a rever políticas e a implementar mudanças que possam dar às marcas mais controlo de onde querem aparecer.