António Melo: Rir e ler são o melhor remédio

Texto de Marcelo Teixeira | Fotografia de Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Ler é uma rotina que «o embala todos os dias no sofá de casa», em Benfica. É uma herança de família. O avô, professor primário, foi «quem o ensinou a ler» e o ator lembra-se na perfeição de As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi, o primeiro exemplar de «uma vida inteira de leitura».

Já o pai, com 85 anos, continua a «ler todos os dias». Obra «preferida não tem» e considera «injusto hierarquizar autores», mas para não nos «deixar órfãos de resposta», António Melo refere Victor Hugo e Guerra Junqueiro como «fundamentais para a sua formação e sensibilidade política».

Continua a ler todos os dias, à noite, «por prazer e por ser uma fonte de conhecimento».

De momento, não equaciona escrever um livro, mas já tentou fazê-lo, na juventude, quando esboçou um «arremesso que abandonou por respeito a quem escreve a sério».
O ator e produtor conta com uma série de participações em telenovelas e peças de teatro que marcaram a sociedade portuguesa.

Hoje, está a produzir a novela Jogo Duplo para a TVI, a fazer digressão com a peça de teatro Rabo de Saia e a dar um módulo de formação aos alunos do 2º ano da Academia Mundo das Artes. E continua a ler todos os dias, à noite, «por prazer e por ser uma fonte de conhecimento».