25 dicas para se livrar do açúcar

Notícias Magazine

Texto NM | Fotos da Shutterstock

Açúcar: para muitos um doce prazer, é considerado o veneno do século XXI pela Organização Mundial de Saúde. É viciante, intoxicante, desprovido de qualquer valor nutricional. Ingerido numa base diária, está diretamente associado a problemas metabólicos graves como obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e processos inflamatórios associados a cancros, esclerose múltipla ou doença de Alzheimer. Como não cortá-lo imediatamente da nossa alimentação? Estaremos viciados em açúcar?

«Um dos grandes problemas do açúcar é o facto de a sua ingestão estimular a produção de serotonina e dopamina, dois neurotransmissores associados ao prazer que nos deixam momentaneamente mais felizes e relaxados», explica a nutricionista Sónia Marcelo, autora do livro Guerra ao Açúcar (ed. Saída de Emergência). É essa a razão por que o procuramos em situações de stress, fome emocional, ansiedade, depressão. Porém, a sensação é temporária e os riscos não compensam os instantes de deleite, alerta.

Se o consumo de açúcar for regular e em grandes quantidades, surge a inflamação crónica que conduz a inúmeras patologias.

A partir do momento em que os níveis de dopamina e serotonina diminuem, o organismo pedirá mais açúcar para manter o bem-estar. «Se todos os dias o ingerir em demasia, estará a contribuir para a degradação da sua saúde com um envelhecimento precoce e o desenvolvimento de uma série de patologias que podiam ser evitadas», sublinha a especialista, considerando o limite de 25 gramas/dia muito fácil de atingir – sobretudo porque o açúcar que consumimos não se limita aos pacotinhos.

«Quando o comemos na sua forma simples, ou em alimentos como doces, cereais, pão branco, frutas, sumos e outros, o organismo segrega a hormona insulina para colocar esse açúcar no interior das células, de modo a ser armazenado como fonte de energia», traduz Sónia Marcelo em palavras simples. O problema é que, ao entrar em excesso na circulação, vai estimular a produção exagerada de insulina, que por sua vez faz com que o cérebro envie sinais contínuos de fome, levando a nova ingestão alimentar com mais produção de insulina.

O açúcar é uma substância tóxica, induz dependência e deve ser visto como um verdadeiro problema de saúde pública.

«É este ciclo de produção excessiva de insulina e de glicose (açúcar) que leva a uma maior acumulação de gordura corporal e a processos inflamatórios», diz. Se o consumo for regular e em grandes quantidades, surge a inflamação crónica que conduz a alterações do sistema imunitário, intolerâncias várias, alergias, asma, aumento do mau colesterol, tensão arterial, depressão, acne, doenças inflamatórias do intestino, infertilidade, demência e outras perturbações.

A todos os que julgam impossível eliminar o açúcar das suas vidas, Sónia Marcelo garante que após algum tempo sem ingerirem alimentos doces e processados, o palato e as papilas gustativas acabam por alterar-se, permitindo-lhes familiarizarem-se com os novos sabores – mais saudáveis – entretanto adotados. Além de que, difícil ou não, tudo isto é para seu bem.

«O açúcar é uma substância tóxica, induz dependência e deve ser visto como um verdadeiro problema de saúde pública», reitera a nutricionista, que lhe deixa 25 dicas para se livrar do açúcar. Veja na nossa fotogaleria como quebrar de vez este círculo vicioso para ganhar saúde, bem-estar e menos um número no tamanho das calças.