As dinamizadoras

Junto à concorrida Avenida de Ceuta, em Lisboa, o bairro do Alvito Velho é uma pequena aldeia dentro da grande cidade. Tem poucas casas, poucas ruas, mas muitos problemas. A Associação AlkAjuda está a combater alguns.

Os prédios estão degradados. As casas são pequenas. Muitas delas em mau estado. Se calhar não precisavam de grande volta. Um aperto aqui, uma pintura ali, mas os habitantes são idosos e a saúde foge-lhes, até para sair de casa, quanto mais para arranjar as janelas. Este é apenas um dos problemas do bairro do Alvito Velho, em Alcântara, Lisboa. Quatro ruas íngremes, cruzadas por travessas apertadas, encaixadas ao fundo da Avenida de Ceuta, onde vive gente que precisa de ajuda. Há desempregados de longa duração que precisam de ajuda para procurar emprego. Há crianças em idade escolar que precisam de ajuda para os trabalhos de casa – e de um teto que as abrigue, para não passarem tantas horas na rua. Há jovens que precisam de ocupar o tempo. Há idosos que precisam de ajuda para ir ao médico. Há quem precise que lhe limpem a casa porque não o consegue fazer. E há muita gente que precisa de aulas de ginástica que façam mexer os músculos. Para enfrentar estas e outras dificuldades, Alice Torres, Mariana Galvão, Marta Cuna e Dora Fernandes criaram em 2012 a AlkAjuda, uma associação sem fins lucrativos parcialmente financiada pelo programa BIP/ZIP de bairros e zonas de intervenção prioritária sinalizados pela Câmara Municipal de Lisboa. «A habitação precária e o isolamento estão entre as situações mais urgentes», diz a psicóloga Mariana Galvão. «Há outras zonas da cidade a precisar de apoio, mas moramos perto e conhecíamos as necessidades da população do Alvito Velho», completa a geógrafa Marta Cuna. Atualmente estão à procura de voluntários para ajudar a comunidade. Tal como elas já começaram a fazer