Em tempo de crise, os consumidores tiram partido dos vales promocionais, perdendo a vergonha na mesma medida em que renovam mentalidades. Já foram olhados de lado. Agora são respeitados e ensinam a agarrar boas oportunidades.
Bastou a Patrícia Gonçalves Borges ver uns episódios do Extreme Couponing, programa do canal TLC que retrata a corrida dos americanos aos vales de desconto, para imaginar que também por cá se podia fazer grandes poupanças. Intrigava-a que os clientes trocassem cupões por sopas, laticínios, detergentes, chocolates, fraldas, bebidas energéticas, aspirinas, e saíssem com troco dos supermercados. Mais ainda que famílias pudessem levar para casa mil dólares em compras (cerca de 740 euros) pagando apenas vinte (pouco mais de 14 euros). Num piscar de olhos, pensou na possibilidade de elevar o espírito de poupança a outra escala, ajudando não só os amigos mas também todos os portugueses interessados em otimizar o orçamento familiar. Não é loucura aquilo que move estes adeptos dos vales de desconto. É sabedoria prática em tempo de crise.
«Em 2013 criei o meu blogue e a página de Facebook – Poupar a Descontar – para partilhar as várias promoções que ia descobrindo. Com os cortes salariais e das reformas, a diminuição dos orçamentos domésticos e as situações de desemprego, as pessoas iveram de reinventar-se e aceitam cada vez mais a compra com vales e cupões de desconto», explica Patrícia Borges, gestora comercial num grupo de laboratórios de análises clínicas. «Isto não passou despercebido às grandes marcas, que também intensificaram as ofertas de vales, cupões e outras promoções. Acima de tudo vamos perdendo a vergonha, a conotação negativa que existia está a desaparecer. Passou-se de forreta ou maluquinho dos cupões para uma imagem de boa gestão familiar.»
Patrícia começou a participar nas compras dos pais ainda criança, percorrendo os corredores à procura dos melhores preços e comparando-os no que, para ela, era um jogo. Quando mais tarde passou a gerir os custos da sua própria casa, estava treinada a esperar pela oportunidade de rentabilizar cada compra que fazia, com a acumulação de cupões, cartões e folhetos. «Não compro sem promoção amaciadores e detergentes de roupa, de loiça, pasta dentífrica, alguns artigos de higiene pessoal e de limpeza da casa, certos congelados e iogurtes, e estes costumo fazê-los na Bimby, fica bem mais em conta do que qualquer desconto», revela a gestora, responsável ainda pelo pelouro das compras para os lanches na Associação de Pais do jardim-de-infância do filho. Também aí recorre aos seus truques: «Desde a manteiga a metade do preço até ao creme de chocolate de marca com vales, às campanhas nos cereais e ao valor acumulado em cartão para o futuro, já não sei fazer compras de outra forma. Mesmo quando não me sai do bolso.»
Cláudia Nunes é outra portuguesa que se inspirou no Extreme Couponingpara fazer melhores contas à vida. Desempregada, decidida a gastar o menos possível no que podia poupar para compensar o custo excessivo de água, luz e gás, pesquisou no Google sitesde supermercados, hipermercados e lojas, leu artigos, inscreveu-se em newslettersde marcas e descobriu páginas de poupança que ainda hoje segue religiosamente. «Todas as semanas analiso os folhetos, vou apontando os artigos de
que preciso e tento comprá-los sempre em promoção. Quando faço as listas de compras, vejo se posso usar algum cupão para aumentar a minha poupança e levo os que vou utilizar já separados e recortados», conta a autora do blogue Queremos Vales de Desconto, criado em agosto de 2012 para ajudar outros a pouparem tanto como ela.
À semelhança de Patrícia, que guarda os vales de desconto separados por loja, tema, produto e validade, Cláudia mantém uma pasta atualizada. «Para acompanhar
as promoções acedo aos sitesdos hipermercados e vejo os folhetos que saem todas as semanas. Depois faço listas, aponto datas… Temos de ser organizados», explica, adiantando que a prática acaba por chegar com o tempo. O facto de haver muita partilha de informação nas redes sociais facilita a vida a todos. «As pessoas escrevem umas às outras, trocam impressões, pressionam as marcas. Basicamente, ganharam voz.» Patrícia confirma a existência de uma dinâmica de grupo engraçada: «Entre colegas, amigos e família trocamos vales que não usamos. No café já deixei cupões que poderiam servir-lhes. E no Pingo Doce perto de minha casa é comum pôr vales nas prateleiras, junto dos produtos, para que o próximo consumidor usufrua deles.»
Cristina Sousa, autora do blogue Descontos desde 2011, tem um nome para os que põem em prática a partilha de cupões com desconhecidos: «A malta chama-lhes “as fadas dos descontos”. Ajuda a instalarmos pequenos hábitos de mudança, nem que seja num único produto, e isso muda a forma como fazemos compras, como nos relacionamos com o dinheiro e como lhe descobrimos a função de paz financeira, que é o que muita gente procura neste momento», diz. No seu caso, viu-se a ponderar abandonar o emprego e percebeu que, sem salário, não dispunha do suficiente para cobrir o crédito acumulado, muito menos para criar um fundo de emergência. Procurou então inspiração para passar a dívida a zero, identificou-se com o movimento debt free que viu num programa da Oprah Winfrey e começou a implementar estratégias de poupança. «Foi com pastilhas para a máquina da loiça que comecei a comprar em quantidade e só quando estava em promoção, muito antes de pensar nestas coisas», recorda. «O grão a grão não são apenas os cêntimos amealhados, mas todos os pequenos passos que damos no dia-a-dia.»
Adrenalina da poupança
A realidade americana permite aos consumidores amealharem quantidades imbatíveis de cupões de desconto e acumulá-los com outras promoções das lojas, o que resulta em extravagâncias como vasculhar o lixo dos vizinhos, pedinchar junto das marcas, cobiçar pastas alheias ou desviar folhetos de habitações vazias (a série CSI: Crime Sob Investigação chegou a ter um episódio em que uma dona de casa mata outra para se apoderar da sua caixa de cupões). Reuni-los, só por si, é um trabalho a tempo inteiro: as pessoas recolhem jornais e revistas de amigos, põem a família inteira a recortá-los, fazem cálculos e listas em Excel, planeiam as compras ao penny. Nada que se compare ao pragmatismo português, ainda a descobrir o potencial deste universo. Contudo, a ideia de que é possível fazer grandes poupanças vai ganhando força, o que explica que as perspetivas para 2014 sejam de crescimento dos vales impressos e acessíveis online.
«Estamos a fechar os dados de 2013, mas posso dizer-lhe que após um ciclo de crescimento muito acelerado (comparando 2012 com 2009 o aumento foi de 125 por cento), no ano passado houve uma pequena desaceleração dos vales impressos e descontados. Ainda assim continuamos no patamar dos milhões de vales no país e nas centenas de milhões de euros oferecidos pelas marcas», salienta Pedro Guimarães, diretor-geral da PacSis – empresa responsável pela gestão de vales de desconto para as principais marcas do mercado. O especialista atribui tal decréscimo à redução generalizada do investimento devido à crise e a uma mudança para soluções digitais. Enquanto em 2011 foram emitidos mais de cem milhões de euros em cupões (nem todos usados), avoluma-se agora a procura e utilização dos vales digitais, com o início de 2014 a ser já mais promissor do que o ano passado. «Algo que temos observado decorre daquilo a que alguns estudiosos chamam smart shopper. O consumidor já não aceita ser um elemento passivo na escolha. Ele quer e procura boas oportunidades.»
A experiência de Deolinda Encarnação como operadora de loja sustenta esta tendência observada por Pedro Guimarães: «A necessidade aguça o engenho e as pessoas têm vindo a desenvolver mais técnicas de poupança. Eu trabalho num supermercado e noto que os clientes que no ano passado não queriam os vales e cupões de desconto, hoje em dia levam-nos e fazem as compras de acordo com os que têm», diz. Ela própria chega a conseguir poupar entre cem e 150 euros mensais, quando as promoções dos folhetos «casam» com os vales que acumula. «Posso dizer que o mês passado paguei metade do valor das minhas compras de supermercado por causa dos talões. Nessa mesma compra trouxe 21 latas de atum sem gastar um cêntimo, pois consegui acumular os cupões de desconto do cartão do supermercado com a promoção que estava em loja e com os vales que me vieram parar à caixa de correio. Na verdade, ainda me pagaram cerca de três euros para tirar as latas da loja.»
Deolinda tem pena que o país esteja ainda muito aquém da América, onde os vales têm um valor de desconto superior, podem ser acumulados com outras promoções, duplicam o valor fazendo que os produtos sejam grátis e chegam a não ter prazo de validade nem a especificar o tamanho da embalagem. «Sem falar que na América existem vales para tudo e aqui só os há para meia dúzia de coisas», lamenta. Seja como for, usar cupões e talões de desconto tornou-se quase um vício: «Quanto mais poupamos mais queremos poupar. É aquela sensação de adrenalina quando estamos na caixa e vamos vendo o total a baixar… Mas sempre com moderação», avisa a operadora. «Não nos adianta nada termos poupado muito dinheiro em dez embalagens de detergente se depois queremos um pacote de arroz para comermos e não temos.» Foi no site de Mónica Duarte, A Dona de Casa Perfeita, que Deolinda descobriu como fazer os inventários do que tem em casa, procurar cupões, comparar preços entre supermercados e um sem-fim de aspetos práticos a que recorre para gerir os gastos diários de dois adultos e um bebé. Mónica fica feliz por saber que as suas dicas são preciosas. Há seis anos que partilha vales e truques pessoais com as leitoras e editou um livro em 2012, com o título do site, num incentivo à poupança. «Eu, por exemplo, passo meses sem comprar produtos de higiene e limpeza, porque adquiri os que tenho em stocka preço reduzido, muitos deles a custo zero, utilizando promoções e vales de desconto», conta a escriturária e autora do site de organização doméstica mais lido no país. Aquilo que mais lhe perguntam é como pagar pouco na despesa com a comida. «Muitas pessoas não querem saber se as cenouras embaladas são mais caras do que as a granel. Não entendem que precisam de perder um pouco de tempo a pesquisar, a organizarem-se.» Depois vem a prática. «Quando chegam ao fim do mês e a despesa foi reduzida em cem euros, ficam espantadas, motivadas e torna-se um vício saudável.»
(Re) Avaliar as prioridades
Segundo dados de 2013 do Marketing FutureCast Lab do ISCTE (o primeiro laboratório europeu de análise e investigação aplicada de tendências internacionais de marketing), 73 por cento dos portugueses tendem a ter uma visão pessimista sobre o futuro, cerca de 70 por cento afirmam que a crise lhes afetou a vida num nível elevado e 79 por cento opinam que a situação financeira da família está pior do que nos últimos dois anos. «Num contexto em que o momento da recuperação económica é ainda pouco claro e em que a única certeza é a de que nada voltará a ser como dantes, as pessoas tendem a repensar as prioridades e adaptam o seu comportamento de compra em função da expetativa de decréscimo de rendimentos», explica Hélia Pereira, investigadora do FutureCast Lab. «Compra-se menos, seleciona–se mais, adia-se o que não é indispensável e, sobretudo, o fator preço adquire nova relevância.»
Catarina Vilela, responsável pelo blogue Tralhas Grátis há quase sete anos, é o exemplo de uma mulher que poupa no que pode para lhe «sobrar um pouco para as coisas importantes da vida», como passear, divertir-se, ajudar os outros. Faz contas ao custo de cada rolo de papel higiénico sabendo que os oito cêntimos que poupa por unidade, multiplicados por 58, dão quase cinco euros por embalagem, que usa em arroz, pão e leite. «Toda a gente se queixa que só tem para comer, mas isso é porque gasta mais de 20 por cento do ordenado em alimentação e nada faz para alterar os hábitos de consumo.» A parcela despendida em supermercado é a que mais pesa, mas também a mais fácil de alterar com uma boa gestão de stock, planeamento de refeições e outros truques simples. E deixa a sugestão aos leitores interessados em embarcar no mundo dos descontos: «Não se acomodem a pagar demasiado por aquilo que conseguem mais barato com alguma inteligência. Privilegiem o poupar tanto quanto o que precisam de despender em bens essenciais. Porque é possível gastar menos de cem euros por mês em supermercado para duas pessoas.»
Trabalhando em conjunto com o investigador Pedro Dionísio para analisar esta passagem de um consumo sobrevalorizado para um consumo refreado, Hélia Pereira traçou os novos perfis que caraterizam o consumo em Portugal: «Uma boa parte dos portugueses tem uma visão pessimista sobre o futuro. Consideram ter hoje uma perspetiva de vida mais próxima da dos seus pais, são muito sensíveis ao preço, recorrem mais a promoções e preferem pagar com dinheiro do que com cartão de crédito.»É a altura de as empresas reconsiderarem as suas estratégias, de modo a poderem conhecer e aproveitar as alterações nas necessidades dos consumidores. «Quase dois terços dos inquiridos dizem pensar hoje, mais do que antes, no que fariam se tivessem mais dinheiro», revela a especialista. «Isto significa que continuam a sonhar, pelo que as marcas devem apostar em mensagens construtivas.»
Sem querer revelar a identidade, Daniel M. integra o grupo dos que preferem mexer em papel para ter uma noção palpável do que gasta. Era escriturário de contabilidade quando criou o blogue Caça Promoções e a página homónima de Facebook no final de 2012, tentando ajudar outros a poupar tão eficazmente como ele próprio. Hoje desempregado, depois de a empresa onde trabalhava ter declarado insolvência, elevou a economia a um novo patamar e chega a poupar uma média de 200 euros mensais por comparação ao consumidor «normal». «Informação é poder de escolha. Os primeiros dias serão difíceis, mas em pouco tempo as pessoas percebem como este universo é fácil e aprendem a atualizar-se e a acumular vales e promoções», assegura, ele que caça a qualquer hora do dia para levar o melhor aos seus leitores. «Quando conseguem os seus primeiros cem por cento de desconto, tornam-se mais exigentes nas compras.»
Em sua casa, com um agregado familiar de quatro pessoas, a alimentação faz a despesa maior e daí a necessidade de comparar folhetos e usar cupões para otimizar as compras. «Detergentes e artigos de higiene são fáceis. Tenho à vontade para este ano e por um custo irrisório», sublinha. A única coisa em que não poupa é na solidariedade praticada com cupões: partir de uma base inicial de 70 euros, recebidos depois em cartão e gastos durante o mês, reinveste essa quantia em promoções atraentes para doação, acumulando os vales das marcas recebidos por correio com os vales colados nas embalagens, os descontos em cartão, as ofertas e os reembolsos. A brincar, já comprou 18 garrafas de azeite e 15 caixas de cereais para o Banco Alimentar, 84 pacotes de fraldas que doou a instituições e dezenas de brinquedos e jogos que distribuiu por famílias necessitadas no Natal. «Não custa literalmente nada fazermos na medida das nossas possibilidades e enche-me o coração ver que muitos seguidores fazem o mesmo.» Quem nunca quis poupar assim que atire o primeiro cupão.
DICAS PARA ALIVIAR O ORÇAMENTO FAMILIAR
PLANEIE AS SUAS COMPRAS EM CASA. Depois de inventariar o que tem na despensa e no congelador, faça uma lista e mantenha-se fiel a ela – é uma ajuda para não adquirir mais produtos do que aqueles que tinha previsto inicialmente. Se tiver vales de desconto para utilizar, leve–os consigo. Se puder, programe o menu da semana para ter uma ideia exata do que vai precisar.
ORGANIZE-SE. Não vale a pena tentar usar todas as promoções a que tem acesso sob pena de perder dinheiro e tempo. Também não compre produtos de que não necessita apenas porque não resiste a uma boa promoção.
SEJA RACIONAL A COMPRAR. Caso a promoção seja muito vantajosa, verifique até que ponto vale a pena acumular stock e em que quantidades: além de ter de fazer um investimento maior de uma só vez, comprar mais produtos perecíveis do que aqueles que pode consumir no prazo de validade pode redundar em desperdício, o que anula qualquer poupança.
ESTEJA ATENTO. A par dos folhetos semanais/quinzenais das lojas e das promoções diárias, confira se tem cupões para acumular. Há um certo sincronismo nos produtos das várias lojas que estão em folheto, o que permite comparar melhor os preços. Sempre que possível, conjugue ainda com os cartões de fidelidade (Continente, Intermarché, Poupa Mais e outros) e descontos diários (o Jumbo, por exemplo, tem um desconto de dez por cento em diferentes secções).
FAÇA CONTAS. Por vezes acontece o valor do artigo em promoção ser mais caro do que aquele que compra habitualmente. Certifique-se de que o desconto vale a pena e, se puder, procure noutro supermercado o preço do produto antes do desconto para tirar as teimas.
CONFIRA AS PROMOÇÕES ASSOCIADAS AO TAMANHO DAS EMBALAGENS. Se tiver uma família grande, compensa. No caso dos iogurtes, costumam ser frequentes as promoções que permitem ao consumidor pagar dois packs e levar três. Também as embalagens maiores (formato económico) de conservas e de alguns produtos de mercearia seca se traduzem numa poupança de menos 30 por cento por litro/quilo. Outra boa aposta são os garrafões de azeite e água.
MANTENHA OS SEUS VALES ORDENADOS E ATUALIZADOS. Os cupões podem representar, por si só, uma poupança de 10 a 80 por cento nos respetivos produtos. Pode encontrá-los nas revistas dos hipermercados, em revistas pagas que oferecem descontos no interior, em vales distribuídos por correio, nos sites oficiais das marcas, em páginas do Facebook, blogues e muitos outros.
PÁGINAS E PÁGINAS DE POUPANÇA
TRALHAS GRÁTIS
Foi em 2007, quando ainda pouca gente queria saber dos vales, que Catarina Vilela começou a partilhar descontos, ofertas e promoções. tralhasgratis.blogs.sapo.pt
QUEREMOS VALES DE DESCONTO
Apesar de sempre ter tido o bichinho da poupança, a crise fez que as dificuldades em casa aumentassem e, com elas, também a necessidade de gastar menos. Em agosto de 2012, Cláudia Nunes criou o seu blogue. queremosvalesdedesconto.blogspot.pt
A DONA DE CASA PERFEITA
Do site de Mónica Duarte nasceu um livro com o mesmo nome, mas nem assim ela se cansa de explicar como gasta cem euros em compras de supermercado, quando sabe de gente que gasta perto de 400 nas mesmas coisas. www.organizaracasa.com
CAÇA PROMOÇÕES
A ideia de partilhar moveu Daniel a criar o blogue e a página de Facebook em novembro de 2012. Se conseguia poupar de forma eficaz, melhor seria ajudar os outros. O blogue distingue-se pela solidariedade. cacapromocoes.blogs.sapo.pt
POUPAR A DESCONTAR
Patrícia Borges quis começar o blogue para divulgar as várias promoções online e assim ajudar a poupar no dia a dia. O Poupar a Descontar surgiu em março de 2013 e ensina a reorganizar o orçamento familiar. pouparadescontar.blogspot.pt
DESCONTOS
Cristina Sousa começou a implementar estratégias de poupança e a querer partilhá-las com quem lhe era próximo. Quando os e-mails se tornaram demasiados, nasceu o Descontos, em final de 2011. descontos.blogs.sapo.pt