Na cozinha de Ratatouille

A nova atração da Disneyland Paris é uma homenagem à Cidade-Luz e tem como protagonista Rémy, o ratinho que queria ser cozinheiro. A estreia está marcada para dia 10.

«Na terra dos sonhos», cantava Jorge Palma, «podes ser quem tu és». E o pequeno Rémy não poderia ter escolhido melhor morada para dar vida ao seu sonho de cozinhar do que «o lugar mais feliz da Terra» – ainda que não passe de um rato, e os ratos nunca têm a vida facilitada numa cozinha. A partir da longa-metragem de animação Ratatui (2007), a Disneyland Paris criou uma atração na qual os visitantes são reduzidos ao tamanho do protagonista e lançados numa cozinha em plena laboração, a bordo de um ratmobile, veículo em forma de roedor que circula sem necessidade de carris, simulando os movimentos ziguezagueantes de um ratinho assustado. Chamaram-lhe, apropriadamente, L’Aventure Totalement Toquée de Rémy, sem tradução em inglês, para não se perder o trocadilho de «toque», barrete de cozinheiro, e «toqué», que é como quem diz, «tresloucado». Nessa aventura realmente tresloucada, amplificada com recurso à tecnologia 3D, o ratmobile foge dos pés gigantescos dos humanos, desvia-se de esfregonas e objetos que caem ao chão, invade o frigorífico (onde é impossível não reparar no presunto de seis metros pendurado do teto), esconde-se debaixo de um fogão que entretanto se acende (e o calor faz-se sentir). Além deste prato principal, foi criada uma aldeia Rataouille, instalada em torno da Place de Rémy, que presta homenagem à Cidade-Luz, também ela protagonista do filme. Nesta praça central fica ainda a loja Chez Marianne, com souvenirs de Paris e abertura prevista para novembro. E, do lado oposto, o Bistrot Chez Rémy, o maior restaurante de todo o resort, com capacidade para sentar 370 pessoas nas suas cadeirinhas feitas de cápsulas de champanhe, que fazem conjunto com as mesas a imitar tampas de frasco de compota e as sombrinhas de cocktail XXL. Na carta há, claro, cozinha francesa, e um acompanhamento indispensável, o tradicional estufado de legumes que dá nome à história. Anton Ego, crítico de serviço no filme, teria seguramente apreciado.

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