Filipe, o ‘número 10’

Filipe Rocha dirige há 10 anos a Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada. 10 é também o nome do festival gastronómico que criou: 10 Fest Açores.

Gere os destinos da escola da qual um dia, que espera próximo, quer ver sair o primeiro chef açoriano conhecido além-fronteiras. O potencial existe, garante. Falta apenas os Açores ganharem um pouco mais de escala turística. Filipe Rocha, de 37 anos, nasceu em Ponta Delgada, em São Miguel, nos Açores, mas foi em Lisboa que se formou em Economia. Dirige, desde 2004, a Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada, que agarrou apenas dois anos depois de ter sido criada. Está, por isso, diretamente ligado ao crescimento e à melhoria da qualidade da formação em restauração e hotelaria nos Açores.

E não tem dúvidas em afirmar que este projeto foi «decisivo para o turismo nos Açores, porque não há turismo sem recursos humanos bem formados e, nesse contexto, é fundamental termos uma escola de hotelaria que possa correspon­der às necessidade dos mercado».

A Escola tem também contribuído para a promoção gastronómica dos Açores, quer organizando eventos nas ilhas quer colaborando em eventos no exterior. O mais importante é o 10 Fest Açores, que este ano tem a sua terceira edição na segunda metade de junho. Tudo começou em 2012, quando a Escola Hoteleira fez 10 anos de vida e quase como uma brincadei­ra. Hoje é o maior festival do género nos Açores. A ideia é simples: 10 dias com 10 chefs e 10 propostas gastronómicas e vínicas. O único elo de ligação entre os profissionais dos Açores, Portugal continental e estrangeiro é a utilização dos produtos açorianos: peixe, queijo ou as típicas lapas e a já conhecida carne dos Açores. O local, é o restaurante Anfiteatro, em lugar de destaque na frente marítima da cidade e pertencente à Escola Hoteleira, onde todos os dias os seus alunos testam os seus conhecimentos. «É o maior festival dos Açores em cozinha contemporânea e creio que é já uma referência a nível nacional, pelos nomes que por aqui têm passado, além de colocar os Açores e os seus produtos num patamar diferente», conclui Filipe Rocha.