As pulseiras da moda

A internet está cheia de vídeos para aprender a fazer. Envie-nos no Facebook uma foto da sua melhor criação.

Se tem filhos, sobrinhos, netos, basicamente se conhece uma qualquer criança entre os 6 e os 13 anos (mais ano menos ano), então já deve saber do que falamos. Os elásticos para fazer estas pulseiras vendem-se por todo o lado, das lojas de brinque­dos às tabacarias e, claro, as «lojas dos chineses».

Em poucos minutos, os miúdos todos aprendem o truque e tornam-se designers de bijutaria, escolhendo cores e combinações. Isto porque a base da construção é muito simples: pode fazer-se num pequeno tear de plástico (que se vende nos mesmos locais), mas a verdade é que bastam dois dedos. Curioso é o facto de esta ser uma moda transversal: rapazes e raparigas estão juntos na tendência. Alguns já tentaram fazer negócio, mas esse é agora o desafio, já que todos são produtores.


COMO NASCEU A MANIA?

O PECADO ORIGINAL PARECE TER SIDO DE CHEONG CHOONG, UM NORTE-AMERI­CANO, IMIGRADO DA MALÁ­SIA, QUE ERA NA ALTURA ENGENHEIRO MECÂNICO NA NISSAN.

Ao tentar ajudar as filhas a criar pulseiras de nós acabou por inventar o Rainbow Loom, o tear que permite tecer com pequenos elásticos dezenas de formatos. Os kits iniciais incluíam o tear, 600 elásticos e fechos. A explosão do negócio nos EUA deu-se no verão passado e chegou agora a Portugal, não sem antes ter sido alvo de inúmeras cópias.


SABIA QUE?

O ELÁSTICO DE BORRACHA «NORMAL» QUE AINDA HOJE USAMOS PARA JUNTAR E SEGURAR COISAS FOI  PATENTEADO EM INGLATERRA, A 17  DE MARÇO DE 1845, POR STEPHEN PERRY.

Foi Charles Goodyear que, em 1839, desenvolveu a vulcanização usada para fabricar a borracha tal como a conhecemos hoje. Isto apesar de se saber que maias e astecas já usavam produtos com base em borracha natural.


OUTRAS MODAS E MANIAS

HÁ UNS ANOS HOUVE OUTRA MODA SEMELHANTE QUE SE ESPALHOU PELOS MAIS NOVOS – PULSEIRAS DE ELÁSTICO (BORRACHA DE SILICONE) COM FORMAS: ANIMAIS, FLORES, TRANSPORTES, NÚMEROS, LETRAS, PESSOAS, PERSONAGENS, E MUITOS OUTROS TEMAS.

O segredo estava no facto de, mesmo sendo usadas como uma pulseira normal, voltarem à sua forma inicial e passarem a ser objeto de coleção.

As Silly Bandz foram criadas em 2002 pelo ateliê japonês de design Passkey Design, com formas de animais e com um objetivo de sustentabilidade – evitar que as pessoas tratatassem o elástico como um objecto para deitar fora. Eram comercializados como «Animal Rubber Bands». Foram depois aproveitados e vendidos como um acessório para criança. E o resto já sabemos.